🎧 podcastinho
trago ideias direto da turma de outono do workshop de id & presença online — tamos imersas em estratégia, chegando em tática pra, em duas semanas, botar o operacional pra jogo e experimentar metodologia, cada uma do seu jeitinho 🌱 falando de presença online como também pensamos roupa: sem fórmula pronta, ainda tendo que experimentar e dando algum trabalho… mas com a satisfação de se reconhecer, sentindo que tamo cuidando da gente mesma 😇
essa é nossa semana de estudar relacionamento (que o marketing quer chamar de engajamento quando cospe suas fórmulas). acontece que aqui a gente entende que é preciso, antes de ser interessante, estar interessada: presença online não tem a ver só com abastecer a internet, mas com nossas interações. construir comunidade tem a ver com participar dessas comunidades
se a gente quer falar com mais gente, se quer mostrar o que faz pra outros grupos de pessoas… tem que circular! e fazer comentário também é produção de conteúdo — e um super exercício de intenção e de identidade.
pra interagir REAL e despertar pra troca, é preciso abrir mão da passividade do dedinho rolando o feed e cuidar de se rodear de gente-ideias instigantes, de provocações que tirem a gente do quentinho alienante 🥴 e quanto mais a gente aprende, interage e desdobra nossas narrativas diante de outros pontos de vista, maaaais nossas conversas crescem — em interessância e em alcance.
existir na internet é igual-merminho existir na vida real, e “fazer amigos” também: a gente precisa relembrar como puxa assunto, como se enturma em festa, como se contam histórias 🤩 e então carregar essa habilidade pra essa festa. do mesmo jeito que a gente se arruma pra conhecer gente nova, vale também calcular imagem quando se circula por outras @s — o contrário de tentar parecer o que não é, e sim se disponibilizando no nosso melhor pra construir/cultivar nossa panelinha, desdobrar comunicação pessoal pra ampliar espaços e conversas, estar com mais gente.
como fazer e responder comentários
internet não é jogo de assistir, é jogo de jogar junto! nossas ideias compartilhadas online precisam querer chamar pro debate, nossos formatos e palavras precisam construir espaço pra que a troca aconteça. e aí, todo comentário merece resposta, mesmo que seja só um ‘obrigada’. responder faz todo mundo se sentir especial 🥰 e mais:
🧩 complementa a ideia compartilhada, relaciona com outros temas
🎙️ serve de treino pra falar do trabalho a partir de provocações diferentes
🎨 dá chance de exercitar a versatilidade de nossas narrativas e palavras-chave
❓ pode abrir espaço pra gente mesma instigar mais conversa com perguntas espertas
📌 dá oportunidade de marcar pessoas, lugares, projetos ✌️ e chamar mais gente pra enriquecer a conversa, conectar
aqui nos bastidores, incentivo minhas alunas e clientes a dar uma espiada no perfil da pessoa visitante antes de responder 😉 e conhecer a bio, catar os temas dela... pra economizar o óbvio e fazer nossa parte pra criar conexões relevantes de verdade ❤️🔥 que aqui a gente confia que não existe ‘cliente’, mas existe pessoa em relacionamento!
e fazer esse relacionamento acontecer não só em respostas de comentários, mas também comentando em outras @s 🤝 pra se permitir ser instigada por quem a gente acompanha/admira! imagina rolar um feed que só tem conteúdo que alimenta (alô faxina!) e fazer comentários mostrando de que jeito o tema daquela conversa se relaciona com os nossos próprios temas, sendo elogiosa, respeitosa com quem é “dona” daquela caixa de comentários, circulando no nosso melhor! em outros ambientes tão interessantes quanto os nossos 😎 no meio de gente com quem a gente gostaria de falar, com quem a gente se identifica -e que tem tudo pra se identificar com a gente de volta!
só é presença online se tem mais a ver com fazer companhia do que fazer campanha; se é mais conversa e menos palestrinha. igual tudo na vida adulta, dá mais trabalho do que só se alienar e deixar o piloto automático comer solto. não tá com cara de que a gente se liberta tão cedo dessa dinâmica de rede social… que a gente seja mesmo estratégica pra se preservar/se cuidar, conseguindo fazer menos mas fazer melhor!
e que nosso tempo na internet deixe a gente mais inteligente, inspirada e com mais possibilidades de fazer no offline 🚀 agilizando encontros, combinando cafés e conversas, sacudindo a vida real — eu mesma sempre quero conseguir e desejo que todas consigam!
um beijo carinhoso, fefe 🌟🌈🌻
prestar atenção > pedir atenção: assumir que presença online é parte da vida, e constrói/reforça identidade 🪞e viver no melhor e mais humano que a gente puder
🔍 na prática:
botar o cérebro pra fazer ginástica e, de tempos em tempos, faxinar o feed pra querer viver e não morrer: se colocar no meio de @s que instiguem, desafiem pensamento crítico, provoquem e tirem a gente de qualquer quentinho alienante.
e, no lugar de marcas e celebridades que fazem a gente se sentir pobre, sem-graça ou invejosa 🫤, nosso feed pode ter:
_gente diferente da gente e dos nossos amigos (que more em lugares diferentes, com experiências humanas diferentes)
_gente que pense diferente (não é pra concordar, é pra exercitar tolerância e expandir!)
_ativistas de causas que nos interessem
_@s de paisagens, arte, beleza, plantas, filosofias, arquiteturas
_@s de notícias boas: @razoesparaacreditar + @sonoticiaboaoficial
_@s de memes: @vccachorro + @coisaspvchapado
_hashtags e @s de bichos (acho antidepressivos!): #cuteanimals + @birds_perfection
e pode ser saudável aproveitar a faxina e des-seguir ‘concorrentes’. como diz a estratégia do oceano azul:
quanto mais as empresas se preocupam em se equiparar aos concorrentes e lutam para igualar ou vencer sua vantagem, ironicamente, mais tendem a se parecer com eles. a única maneira de superar os concorrentes é não mais tentar superar os concorrentes.
e se precisar filtrar gente de conta fechada, salva nas pastinhas, silencia e pronto 👌
abre 2 ou 3 primeiras pastas e vai rolando o insta (já categorizando o que vai pra cada uma delas e o que permanece no feed) e vai abrindo novas pastas pra organizar mais e melhor a coisa toda... depois sente o alívio! que com ele vem também inspiração, aprendizado, vontade espontânea de comentar, abrir mais portas de conexão!
🗂️ links pra quem se interessa por comunicação pessoal:
🔗 notinha aqui no substack listando porque tá todo mundo fazendo menos comentários (as hipóteses 1 e 3 me pegaram demais 🥴)
🔗 podcast do gregnews explicando como a mistura de falta de vergonha e neoliberalismo pode fazer a gente confundir gente com audiência, ou comportamento digital com propaganda (a conversa começa parecendo que não vai praí mas confia, vai!)
🔗 textinho escrito e lido pela juvi falando de como gente humana se encontra, e que alívio saber que tem tanta gente se encontrando :))
🗣️ vambora com aspas de marshall rosemberg
no livro comunicação não-violenta:
“quando eu falar e quando eu ouvir, que a luz do amor brilhe através de mim”
eu me identifiquei no lugar de não achar minha opinião tão importante, ainda mais com tanto ruído na internet - mas concordo que fazendo um filtro e tando perto da nossa galera, puxar assunto, comentar e interagir com conteúdos que são interessantes pra gente expandir a mente valem a pena, vou tentar fazer mais isso daqui pra frente
Eu acho que de fato menos gente comenta, mas o substack é mezzo rede social mezzo newsletter né? Eu trato como newsletter e às vezes recebo mais resposta por email que comentário a depender do texto que envio. Maaaas fiquei pensando também que é ruim demais comentar e nunca ser respondido, você perde a vontade de fazer uma outra vez – já parei de seguir gente que não responde NINGUÉM 😣 – então a gente responder nossas galeras acaba também convidando outras pessoas a comentarem. É relacionamento de vdd, se a gente se põe na internet a gente tem que prestar atenção né amiga Fefe??? <3