podcastinho [ 🎧 7mins]
o que a gente veste pode ser suporte e facilitar tooooodo compartilhamento de toda ideia — e pode atrapalhar também, a gente sabe. escolher roupa é construir interface de interação com o mundo 💁♀️💁🌍 então escolher com intenção impacta nas nossas conversas, nos relacionamentos que a gente quer construir e cultivar — em especial, em ocasiões de trabalho em que a gente divide conhecimento pro aprendizado, pra convidar pra um entendimento de algum conteúdo específico, tipo em palestra, reunião, entrevista, aula.
aqui em comunicação pessoal,
identidade é conteúdo + linguagem: nossas palavras-chave, nossos temas de interesse e o que visualmente representa a gente.
então, no pacote “quero me disponibilizar no meu melhor, quero me posicionar", tá incluído arranjar jeitos de não atrapalhar a entrega de nossas mensagens, sendo a gente mesma ‘o meio’. é pra gente pensar:
👗 o que a gente veste tem a ver com as nossas narrativas?
-tem as cores e composições que tem a ver com essas ideias?
-mais criativas e informais?
-mais tradicionais, clássicas, formais?🏢 tem a ver com nossos ambientes?
-os espaços em que a gente circula são mais escuros ou claros?
-coloridões ou mais neutros? (bom é quando a gente contrasta com o fundo e se destaca pra fazer crescer nossas ideias!)🪞 sobre a gente mesma:
-fico mais sentada ou mais de pé? (roupa pode amassar, empapuçar na coxa ooooou cair mais fluida, mais leve)
-o que a gente viste demanda ajeitar o tempo todo?
(quanto menos distração com a gente mesma, mais presença na entrega do conteúdo!)
-faz sentir conforto, segurança, ~adequação~, confiança?
com as minhas clientes ainda checo, antes de qualquer evento mais especial ou antes de todo palco, esses itens aqui:
🎙️ é microfone de lapela? pra pensar no decote em que ele vai ser posicionado e na escolha de duas peças e não peça única (pra ter cós na cintura e prender o aparelhinho com conforto)
🎤 é microfone de mão? se sim, dá pra escolher anéis que tenham tudo a ver pra usar na mão que fica em evidência
👚 o caimento da blusa tá certinho nos ombros, a costura tá bem no encontro dos ombros com o braço pra delinear uma silhueta certinha, no lugar?
👖 a parte de baixo agarra no quadril ou no meio das coxas, se a cliente tiver sentada? tem que ser sussa cruzar as pernas, sentar e levantar de boas, sem repuxar nada
🖥️ tem telão? onde o telão fica posicionado? a cliente vai estar bem na frente, do lado? de que jeito as cores do look podem ornar com o que vai ser projetado?
👥 tem platéia ou grupo grande junto? tem encontro com essas pessoas pra tirar dúvidas de pertinho, fazer fotos juntas? tem que pensar nos abraços, nas trocas de materiais, no bracinho esticado pra selfie, rs
💄 cabelo e maquiagem seguem o que já se usa no dia a dia, mas com um extrinha: a ideia não é parecer outra pessoa, mas sim marcar a importância da ocasião! se tem equipe de cabelo/maquiagem (como em emissoras de tv), então minhas clientes levam referências e vão bem treinadinhas pra orientar objetivamente.
vocabulário visual só é eficaz com semântica coerente,
então nesses trabalhos também repasso como minhas clientes tão se apresentando, como tão falando do próprio trabalho, de seus propósitos: nossas palavras e expressões tem impacto parecido com os acessórios que a gente escolhe, e podem comunicar ou confundir! sempre bom ter, na ponta da língua, esses tuítes sobre a gente mesma: com apresentações simples mas pragmáticas, a conversa pode fluir exatamente por onde a gente quer que flua.
cuidar dessa comunicação verbo-visual com alguma antecedência, com direito a prova e a ensaio (sou devota de todo tipo de treino!), facilita prestar atenção pra que cada look reforce as mensagens que a gente quer passar e os vínculos que a gente quer construir. libera um espação na mente e um tanto de energia pra gente botar no trabalho, nas relações, na troca — e aí, estilo pessoal não é só reflexo da nossa autoexpressão mais autêntica, mas também convite pra se conectar, colaborar, criar coisas junto, crescer, brilhar ✨
🔍 na prática, ó:
3 ideias pra construir um guarda-roupa ajudador
👉 escolher qualidade em vez de quantidade: de que adianta ter um zilhão de coisas e todo dia de manhã correr no varal pra buscar o que usou anteontem? 🫣
👉 pensar em custo-benefício: e gastar mais no que se usa mais (tipicamente a gente trabalha mais do que vai a festas ou curte fim de semana #climão)
👉 ter peças que rendem pelo menos 3 looks bem diferentes entre si (tipo, mesma peça num look de trabalho, num de balada e num de café da manhã com amigas)


sdds ‘vista quem você é', meu 1º livro, em edição publicada pela editora casa da palavra em 2013 (alá que amoooorrrr ❤️)
🗂️ links pra quem se interessa por comunicação pessoal:
🔗 tem uma empresa lançando um “shazam da moda”, app pra apontar pra imagens de roupas e saber em que lojas encontra aquilo 😱🤩😬 fico maravilhada e aterrorizada ao mesmo tempo, certa de que a gente precisa saber muito da própria identidade pra ter segurança do que a gente quer, pode e precisa — e conseguir substituir consumismo por criatividade (quero conseguir! e desejo que todas consigam 🙏)
🔗 textão do nytimes contando desse novo momento de estilo pessoal do mark zuckerberg, pós-camisetas-cinza-todas-iguais-desde-sempre, agora alinhando toda uma outra aparência com o que ele quer pras empresas, se entendendo como porta-voz dessas ideias
taca-le pau no chatGPT traduzindo, resumindo, listando ideias importantes dos linkinhos em inglês!
📝 vambora com aspas de david eagleman:
esse neurocientista citado no livro your ‘story is your power’, de elle luna
"a gente é como um peixe desafiado a entender a água: como o peixe nunca experimentou outra coisa, é quase impossível para ele ver ou conceber a água. mas uma bolha subindo ao lado do peixe curioso pode oferecer uma pista essencial.”
Esse livro é fantástico ❤️ guardo o meu autografado- que comprei pelo Instagram, olha só - com muito carinho ❤️
Siiiiim! O conteúdo é preciso demais, fefe!